A terapia por ondas de choque extracorpórea consiste em um método de tratamento em que ondas de som de alta frequência causam alterações locais teciduais no ponto de aplicação, aumentando a vascularização e a capacidade de cicatrização. Várias patologias musculoesqueléticas podem ser tratadas, e a terapia por ondas de choque, de forma não invasiva, atua na regeneração e estímulo à cicatrização tecidual. Tem uma atuação importante no alívio da dor pela inibição de nociceptores, ou receptores de dor, bem como por ações químicas e mecânicas, aumentando o fluxo sanguíneo local e estimulando o aumento de fatores biológicos locais, como interleucinas e citocinas anti-inflamatórias. Pode ser utilizada como método de tratamento principal ou associada a outros métodos, como infiltrações e reabilitação funcional, em fraturas por estresse, por exemplo. Várias patologias apresentam bons resultados, como lesões tendíneas em praticamente todas as articulações, ou até em pseudoartroses ou problemas nas consolidações de fraturas.
Este artigo de 2025 mostra a eficácia do tratamento por terapia por ondas de choque em uma patologia comum, que é a fascite plantar no pé — muito limitante e que causa extremo desconforto ao paciente. Ele compara dois tipos de ondas de choque: radial, em que a geração da onda é pneumática, e focal, em que a geração da onda pode ser eletromagnética, eletrohidráulica ou piezoelétrica. Embora os dois métodos diferem em alguns mecanismos de ação, bem como em profundidade, o mais importante, como mostra o artigo, é que o princípio do tratamento por ondas de choque mostrou-se muito efetivo no tratamento da fascite plantar, tanto na melhora da dor quanto na função do membro acometido. A longo prazo, o método mostrou-se eficiente e com resultados duradouros, não havendo diferença significativa entre os dois métodos — focal ou radial — para essa patologia.